Estacionei na vaga mais próxima da entrada e caminhei rápido até a recepção. A atendente, ao ver meu semblante, dispensou formalidades e apenas pediu um documento para confirmar o parentesco. Depois de verificar no sistema, apontou para o elevador.
— Quarto 312, ala de clínica geral. O médico deve chegar em breve para falar com a senhora.
O corredor branco parecia estreitar-se a cada passo. O som dos meus saltos ecoava, e por um instante pensei em tirá-los para correr, mas meu orgulho me manteve ereta. Quando empurrei a porta, vi minha mãe deitada. Pálida, mas consciente.
— Beatrice. — Ela pronunciou meu nome como quem constata algo inesperado.
— Mãe. — Fechei a porta atrás de mim. — O que aconteceu?
Ela deu de ombros, como se fosse banal.
— Um mal-estar. Clara exagerou.
— Clara disse que você desmaiou.
— Foi só um instante. Não precisava de drama. — Tentou ajeitar o lençol, mas o gesto foi fraco.
Senti vontade de discutir, de dizer que ela nunca admitia quando estava mal, mas engoli