O dia da coletiva começou cedo, com a agenda milimetricamente cronometrada. Elisa me encontrou na recepção com um café duplo na mão e um sorriso profissional que escondia qualquer resquício de nervosismo.
— Bom dia, chefe. Pronta para encantar a imprensa internacional? — disse ela, enquanto me acompanhava até o carro.
— Encantar é um verbo forte. Eu diria... pronta para ser objetiva e inabalável — respondi, ajustando o casaco sobre os ombros.
A coletiva estava marcada para as dez, e antes das nove já estávamos no auditório principal da Phoenix. As equipes de som e imagem faziam os últimos ajustes, jornalistas conferiam blocos de anotações e testavam gravadores. O burburinho era constante, mas controlado.
Quando o relógio marcou a hora exata, subi ao palco e me sentei diante da longa mesa de conferência. As câmeras se ajustaram, e uma luz quente iluminou meu rosto. Respirei fundo.
As primeiras perguntas foram como esperado: dados de mercado, previsões de expansão, estratégias de inovaçã