Três dias depois da minha noite regada a tiramisù e confidências picantes de Lívia, eu já tinha perdido a conta de quantas vezes o nome “Theo” atravessou as minhas conversas — mesmo as que não tinham absolutamente nada a ver com a vida pessoal dela.
Era como se o homem tivesse se tornado um ponto de referência no universo:
— Isso me lembra o jeito do Theo...
— O Theo também fala assim...
— Você precisa experimentar o café do Theo...
Até Elisa, que sempre mantém uma postura profissional quase militar, soltou um comentário enigmático enquanto organizava minha agenda:
— Pelo visto, o Theo vai virar personagem fixo nas nossas pautas internas.
Revirei os olhos, mas preferi não responder.
A manhã começou com uma reunião importante sobre o novo projeto de expansão da Phoenix na América Latina. Tudo corria dentro do esperado, até que, no meio de um gráfico sobre projeção de crescimento, meu celular vibrou com uma mensagem.
Era da Lívia:
“Bea, preciso de ajuda urgente.
O Theo quer me leva