ARTHUR VASCONCELOS
A noite estava perfeitamente silenciosa.
Eram 3:15 da madrugada.
Eu deslizei para fora da cama, um movimento lento e praticado para não perturbar o colchão. Camila estava profundamente adormecida, exausta do dia, do vinho e do nosso... encontro. Ela estava deitada de lado, o rosto suave e pacífico na luz fraca que entrava pela janela, o cabelo espalhado pelo travesseiro. Pierre roncava baixinho aos pés da cama.
Meu lar. Minha paz.
Mas preciso deixá-los por um momento e fazer uma visita ao meu primo. O rato sorridente que vivia da generosidade da família, tinha convidado uma víbora para dentro do meu jardim. Ele tinha pegado o meu segredo mais sombrio e o entregado a Lúcia, que o usou como uma arma para assustar minha esposa.
Ele tinha trazido o veneno para dentro da minha casa e tinha feito Camila duvidar de mim.
Era inaceitável.
Me inclinei e beijei sua testa. A pele dela estava quente.
— Eu vou consertar isso, minha rainha — sussurrei, mais para mim do que para e