Rafaelly Almeida
Ver Leandra sair do bar ainda com aquele ar confiante foi como levar um soco no estômago. A forma como ela caminhava, como segurava a bolsa e ajeitava os cabelos, como se fosse alguém no controle da própria vida, me dava ânsia. Era irritante demais perceber que aquela mulher era a mesma irmã que durante anos não passava de um fardo, de uma coitada que dependia dos outros para existir.
E, no entanto, ali estava ela… sorrindo.
Sorrindo como se fosse dona de algo que me pertencia.
A raiva queimava por dentro, mas também havia uma ponta de incredulidade. Como alguém como ela conseguia atrair tantas pessoas para perto? Como tinha se cercado de amigas que a defendiam como se fosse uma rainha intocável? Não era justo. Eu, que sempre me considerei mais inteligente, mais ousada, mais preparada para a vida, estava ali, observando minha irmã desfrutar de uma felicidade que deveria ser minha.
Eu a vi sumir pela porta, e uma vontade quase insana de arrancar aquele sorriso dela me