Eu tinha acabado de sair do banho, o vapor ainda embaçava o espelho do banheiro, quando o interfone começou a tocar com insistência. Enrolei o corpo em um roupão e fui até a sala, com o coração apertado por um mau pressentimento.
Pela câmera do interfone, vi a detetive Ro-um. Atrás dela, pelo menos três outros policiais. O estômago se contraiu. Eu já sabia o que estava por vir.
Abri a porta com calma, tentando manter a compostura.
-- Senhor Eun-woo, me chame a sua esposa, por favor — ela disse com aquela voz controlada demais, típica de quem se prepara para um confronto.
-- Ela não está. — Respondi friamente, mantendo o olhar fixo no dela.
-- Podemos entrar e checar?
-- Tem um mandado?
-- Sim. Temos um mandado de prisão também contra a sua esposa.
Minha mandíbula se contraiu.
-- Você acredita naquelas filmagens. — Não era uma pergunta, era uma acusação.
-- A perícia constatou que o vídeo é real. Eu estou apenas fazendo o meu trabalho, até que se prove o contrário.
Soltei uma risada am