Enquanto isso...
A detetive Ro-um estava prestes a sair da delegacia quando o telefone tocou, cortando o silêncio morno da noite.
Ela atendeu com o costumeiro profissionalismo, mas o que ouviu do outro lado fez o sangue em suas veias gelar.
— Um corpo foi encontrado as margens do Rio Han. Pelas características... achamos que pode ser da mãe Tae-ho.
Ro-um não respondeu de imediato.
— Isolaram a área? — perguntou, já pegando a jaqueta no encosto da cadeira.
— Sim, senhora. A perícia já foi acionada.
— Estou a caminho.
A detetive saiu da delegacia com passos firmes, ainda que o peito apertado denunciasse sua apreensão. A mãe de Tae-ho havia desaparecido havia dias, e desde então, o caso se enredava cada vez mais com o mistério envolvendo Tae-ho, a carta do pai e a tal irmã que parecia sempre um passo à frente.
Ao chegar à praia, o vento salgado da madrugada cortou sua pele como lâminas. A área estava isolada com fitas amarelas, e os curiosos começavam a se acumular na distância, suas silhuetas tremeluzin