No nosso apartamento, seria o último lugar que a polícia procuraria por Tae-ho.
E foi exatamente por isso que Eun-woo a trouxe para cá.
Ela despertou um dia após chegar.
Os olhos ainda pesavam pela medicação, mas, assim que se deu conta de onde estava, tentou se levantar da cama com um misto de susto e indignação.
— Eu preciso sair daqui — disse, a voz fraca, mas determinada.
Me aproximei e segurei suavemente seu ombro, forçando-a a se recostar no travesseiro.
— A polícia está à sua procura, Tae-ho. Aqui é o último lugar onde iriam pensar em procurar você.
Ela desviou o olhar, desconfortável.
—Eu não sou assassina.
— Eu sei — respondi, sentando-me ao lado dela. — Seu pai deixou uma carta. Ele sabia que algo estava para acontecer. Revelou que sua meia-irmã estava armando contra você… para se vingar de ter sido deixada para trás, junto com a mãe, quando ele escolheu ficar com você e sua mãe.
Ela franziu a testa, como se aquelas palavras fossem ficção.
— Eu nunca mataria meu próprio pai