Enquanto isso...
Sala de Interrogatório – Delegacia Central de Seul
A detetive Ro-um observava atentamente pela divisória de vidro espelhado, enquanto Tae-ho, com os braços cruzados e expressão desafiadora, se acomodava diante da mesa de metal fria. O ambiente era iluminado por uma luz branca forte, incômoda, propositalmente dura. Havia um silêncio tenso no ar, como se qualquer som pudesse detonar algo maior.
Ro-um entrou na sala com passos lentos, a postura impecável. Colocou uma pasta sobre a mesa, sem tirar os olhos de Tae-ho.
— Obrigada por ter vindo, Tae-ho. — Sua voz era firme, mas sem agressividade.
— Vim por vontade própria. — Tae-ho respondeu, os lábios pintados em um vermelho discreto curvando-se num meio sorriso. — Não tenho nada a esconder.
Ro-um sentou-se com calma e abriu a pasta. Fotografias, capturas de tela de câmeras de segurança, anotações e transcrições. Uma das imagens mostrava uma mulher de vestido cinza, com o rosto parcialmente escondido pelas abas largas de um chapéu. Ro-um de