O dia mal havia clareado quando batiam à porta do quartinho. Saltei da cama ainda tonta de sono, o coração acelerado. Abri devagar e o vi ali, encostado no batente com um copo de café em uma das mãos e um saco de papel na outra.
— Bom dia, Soo-ah — ele disse com um sorriso suave. — Trouxe café e alguns pães. Achei que quisesse comer algo antes de irmos buscar seus irmãos.
— Você já está aqui? — perguntei, surpresa.
— Eu disse que estaria ao seu lado, lembra?
Dei um passo para trás e o convidei a entrar. Ele depositou as coisas sobre a pequena mesa e me olhou de cima a baixo.
— Dormiu bem?
Assenti, ajeitando a blusa.
— Melhor do que nos últimos meses.
Depois de tomarmos um café simples, ele me levou até o carro estacionado na frente da pensão. Dentro, havia um homem de terno escuro — o advogado da empresa, segundo ele. Educado, formal, mas com um olhar gentil.
Durante o trajeto até o abrigo, meus dedos não paravam de se enroscar uns nos outros.
— E se eles não me deixarem levar meus ir