Não. Eu não podia olhar para ele como homem, e sim como uma pessoa que estava simplesmente me ajudando em uma hora difícil.
Mas era difícil olhar para ele não como homem, quando ele tinha tanta beleza. Muito bonito, alto, mais de 1,80 de altura, com muito charme e virilidade. Tinha aquele tipo de presença que fazia qualquer ambiente silenciar por um segundo.
"Para de olhar para ele como homem", eu repetia para mim mesma. "Você tem que parar. Ele não tem nenhum interesse em você, só está te ajudando."
Balancei a cabeça, tentando espantar aqueles pensamentos e foquei no mais urgente: minha família.
Comprei frango frito e alguns refrigerantes numa lanchonete próxima. Era comida de verdade, quente e cheirosa. Eu estava ansiosa para ver o sorriso dos meus irmãos ao receber aquilo. Já havia escurecido, e eu me preocupava com o tempo que haviam passado sozinhos.
Mas, ao chegar ao galpão, meu coração afundou no peito.
Não havia ali nenhuma barraca. Nem sinal dos meus irmãos. Nem os poucos per