A porta de vidro se abriu devagar.
Henrique passou primeiro, ainda ofegante, a camisa colada nas costas, o rosto suado. Rodrigo entrou logo atrás, olhando para o celular com a tela do boletim de ocorrência ainda aberta. Arthur segurava a porta para Elize, que caminhava devagar, como se cada passo precisasse ser calculado.
O ambiente fresco do escritório contrastava com o calor do que tinham acabado de viver.
E foi Glória quem notou.
— O que aconteceu com vocês?! — ela levantou-se da cadeira, os olhos arregalados de susto. — Henrique, você tá pingando! E Elize… meu Deus, você tá bem?
— A gente teve um pequeno imprevisto na volta. — Rodrigo respondeu, tentando manter o tom leve.
Elize sorriu sem graça, tentando encontrar um lugar para pousar os olhos que não fosse tão curioso quanto o olhar de Glória.
— Foi um assalto. — Henrique completou, puxando a cadeira giratória de Glória para sentar-se por um segundo. — Nada grave. Um moleque puxou a bolsa dela e o relógio. Mas conseguimos