— O jantar já está servido — anunciou Ágatha com o mesmo sorriso sereno que mantinha desde que abriu a porta. — Vamos nos sentar?
Ela indicou o caminho com um gesto suave da mão, e Henrique, ainda com a mão pousada nas costas de Elize, a guiou com naturalidade.
A sala de jantar era refinada, com tons neutros, uma mesa de madeira escura impecavelmente posta e castiçais acesos com velas claras.
Ao centro, uma composição de flores brancas e folhas verdes completava a atmosfera quase cerimonial.
Ágatha puxou a cadeira para Henrique, e ele, por sua vez, puxou a cadeira ao lado para Elize — um gesto que não passou despercebido pela mãe.
— Fiquem à vontade. O Augusto já desceu, deve estar vindo.
Ágatha sentou-se com a elegância de quem estava acostumada a receber.
Havia algo em seu olhar que oscilava entre cordialidade e observação silenciosa, como quem montava um quebra-cabeça com as peças espalhadas à mesa.
Poucos segundos depois, passos ecoaram do corredor.
Augusto.
E