— É aqui — ele disse, entrando na garagem.
  Ela engoliu seco.
  A fachada iluminada, o porteiro gentil acenando, a portaria moderna... Tudo aquilo parecia um lembrete de onde ela estava pisando.
  Não era só um jantar. Era o território dele. E ela… bem, ela se sentia uma ovelha indo pro abate.
 Com lingerie nova, claro. Mas ainda assim, ovelha.
  Henrique estacionou o carro, deu a volta, abriu a porta pra ela com um sorriso e ofereceu o braço.
  — Vamos?
  Elize assentiu, tentando manter a postura. A mão encaixou no braço dele com naturalidade, mas as pernas... essas já estavam meio bambas.
  O elevador chegou rápido demais. Assim que entraram, ela sentiu o coração acelerar.
 Estavam sozinhos ali, de novo.
  E a lembrança do que tinha acontecido no elevador do prédio do escritório ainda fazia sua espinha arrepiar.
  Henrique apertou a o botão da cobertura. O painel se iluminou.
  Um.
  Dois.
  Três.
  Elize tentou respirar fundo. Estava tudo bem. Era só um jantar. Entre dois adultos