Capítulo 119 - Conselho de mãe

Depois de deixar o escritório, Henrique foi para casa. Ao chegar no prédio, desligou o carro e ficou ali, parado por alguns segundos na garagem.

O silêncio do veículo preenchia os espaços que Elize havia deixado — o perfume no ar, a risada ainda ecoando, o jeito como ela tinha olhado para ele antes de descer.

O banco do carona parecia mais próximo do que nunca.

Ele sorriu sozinho, mas o sorriso murchou rápido.

Como uma sombra invadindo a cena, a lembrança da reunião com Augusto apareceu com nitidez: o tom de voz áspero, as palavras envenenadas, a humilhação pública.

Respirou fundo.

Não era só sobre Elize.

Era sobre tudo aquilo que vinha engolindo calado há anos.

A postura de Augusto. O controle disfarçado de zelo. A guerra fria dentro da própria casa.

Sem pensar duas vezes, girou a chave novamente e deu ré.

Não era do pai que ele precisava.

Era da mãe.

Se alguém podia explicar de onde vinha tanta resistência, tanto rancor velado, era Ágatha.

E, talvez, pe
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