Henrique soltou um suspiro silencioso, a mandíbula travando por um segundo.
Rodrigo, largado na poltrona da recepção com um copo de café na mão, não perdeu a deixa.
— Tá namoran-do! Tá namoran-do! — cantarolou, batucando os dedos no apoio do braço como se fosse uma bateria improvisada.
Elize travou no lugar, desejando virar pó instantaneamente. O rosto queimava, e ela nem sabia se ria, fugia ou fingia um desmaio.
— Rodrigo... — começou Henrique, entre os dentes.
— Calma, chefe. Tô só celebrando o amor. Tá liberado hoje em dia, sabia? — disse, piscando um olho e levantando as mãos como quem se rende.
Henrique olhou pra ele com uma expressão que prometia vingança futura, mas não disse mais nada. Em vez disso, virou-se para Elize.
— Vai querer café ou prefere se esconder direto?
— Vou... direto. Me esconder — respondeu ela, caminhando apressada em direção à própria mesa, sem olhar pra trás.
Henrique ficou parado por um segundo, vendo ela se afastar.
Rodrigo deu mais u