Era uma manhã comum. Clara brincava no tapete da sala, Arthur organizava os papéis do estúdio e Helena respondia mensagens sobre a peça. O projeto social estava ganhando força a ideia era levar a história para escolas, comunidades, espaços onde o amor ainda era visto como algo distante.
Tudo parecia tranquilo. Até que o interfone tocou.
Arthur atendeu. A voz do outro lado era estranha, apressada.
— Entrega pra Helena. Precisa descer.
Helena franziu a testa. Ela não havia pedido nada. Mas por precaução, Arthur desceu sozinho.
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Minutos depois, Helena ouviu um barulho seco. Um grito abafado. E o som de passos correndo.
Ela correu até a janela. Lá embaixo, Arthur estava caído, cercado por dois homens que fugiam em uma moto. Um terceiro tentava ajudá-lo. Helena sentiu o mundo girar.
Clara começou a chorar. Helena a pegou no colo, tremendo, e ligou para a emergência.
— Meu marido foi atacado. Está ferido. Por favor, rápido.
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No hospital, tudo era branco, frio, silencioso. Helena segu