O dia havia começado com promessas. Helena acordou ao lado de Arthur, com o corpo ainda aquecido pela noite anterior e a mente em paz pela primeira vez em semanas. A Imperium estava em reconstrução, a imprensa começava a mudar o tom, e Beatriz havia dado início ao seu processo de reparação.
Mas a paz, ela sabia, era sempre temporária.
Ao chegar à empresa, encontrou Mauro à sua espera, com uma expressão que ela não via desde os primeiros dias da crise.
— Temos um visitante — disse ele, direto.
— Jornalista?
— Não. Alguém que pediu para falar com você. E só com você.
Helena franziu o cenho.
— Nome?
Mauro hesitou.
— Gabriel Duarte.
O nome atingiu Helena como um soco no estômago.
Gabriel.
O homem que ela havia amado antes de tudo desmoronar. Antes da Imperium. Antes de Arthur. Antes da queda da empresa do pai. Ele havia sumido sem explicações, deixando apenas silêncio e perguntas.
— Onde ele está?
— Sala de reuniões do oitavo andar. Disse que é urgente.
Helena respirou fundo. O passado es