Era uma tarde nublada quando Helena recebeu a ligação. Um número desconhecido. A voz do outro lado era firme, mas não agressiva.
— Senhora Helena, sou da divisão de inteligência da polícia. Precisamos conversar sobre o ataque que vocês sofreram. Há informações novas.
Ela marcou o encontro para o dia seguinte, em um local reservado. Arthur insistiu em ir junto. Clara ficou com Beatriz, mais uma vez.
No caminho, o silêncio entre eles era pesado. Helena sentia que algo estava prestes a mudar e não era só sobre segurança. Era sobre história.
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O investigador os recebeu com seriedade. Sobre a mesa, havia documentos, fotos, registros. E uma frase que mudou tudo:
— O ataque não foi apenas por causa do projeto social. Há outra motivação. E ela envolve o passado de Arthur.
Helena olhou para ele, surpresa. Arthur empalideceu.
— O quê?
— Um dos agressores tem ligação com uma empresa que você denunciou há anos, Arthur. Uma construtora envolvida em corrupção e lavagem de dinheiro. Você prestou