“Há um momento na vida em que o amor deixa de ser apenas paixão. Ele se transforma em escudo. Em arma. Em guerra.”
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Era como se uma nova versão de mim mesma tivesse despertado naquela manhã. Quando abri os olhos, o lado da cama onde Emir dormia estava vazio. O travesseiro ainda guardava seu cheiro — mistura de couro, tabaco e desejo. Mas o calor dele já havia se dissipado. Ele havia partido.
E eu, apesar do medo, sabia o que precisava fazer.
Desci as escadas da mansão vestida com uma calça jeans justa, uma camisa preta colada ao corpo e a pistola que Ayla havia me dado presa ao meu quadril. Nunca pensei que um dia estaria armada dentro de uma mansão mafiosa, mas ali estava eu, caminhando entre homens que me olhavam com respeito e temor. Não porque sabiam quem eu era. Mas porque sabiam de quem eu era.
E eu pertencia a Emir Kaya.
Na sala principal, Ziya, o braço-direito de Emir, me esperava com expressão rígida.
— Ele pediu que você ficasse aqui — disse ele, direto.
— E eu pedi a você