Ana
O evento estava rolando, tudo aparentemente sob controle, mas dentro de mim, a coisa fervia. Porque quanto mais Lex me tocava, mais difícil era fingir indiferença. E ele sabia. Sabia e jogava com isso. Jogava comigo.
Num momento de respiro, me afastei dele e fui ao banheiro. Me encarei no espelho. Respiração acelerada, rosto corado. Eu estava caindo na dele. Caindo feio.
Voltei pra festa e o vi conversando com uma mulher lindíssima. Alta, loira, elegante. Eles riam de alguma coisa. Ela tocou o braço dele. Meu estômago virou.
—Ciúmes? — perguntou uma voz atrás de mim. Era o assistente dele. Do nada.
—Eu? Imagina. Mal conheço ele — disparei.
O cara riu. —É, mas você olha como se conhecesse. E ele... te olha como se tivesse certeza que é dono.
Aquilo me desarmou. Voltei pro lado de Lex e ele me olhou como se tivesse lido meus pensamentos.
—Tudo certo? — ele perguntou, oferecendo o braço de novo.
—Tudo sob controle — menti.
Ele me puxou pra mais perto. E naquele toque, eu soube: eu es