Ana
Acordei com a cabeça latejando como se tivesse levado uma marretada bem no meio da testa. O quarto girava, minha boca parecia o deserto do Saara e eu tinha certeza que o cheiro de álcool ainda estava impregnado nos meus poros.
Ótimo, Ana. Parabéns. Você oficialmente conseguiu fazer o maior papelão da sua vida.
Revirei de lado, enterrei o rosto no travesseiro e gemi.
— Eu não acredito que mandei aquela foto… não deve ter sido uma alucinação causada pelo álcool… — murmurei pra mim mesma, como se repetir isso fosse apagar a burrada.
Mas aí o celular piscou na mesinha de cabeceira e, com medo, estiquei a mão. Minhas mãos tremiam, mas não era pela ressaca, e sim porque eu sabia que se abrisse as mensagens ia encontrar a prova. A maldita prova.
Respirei fundo, desbloqueei a tela… e pronto. Estava lá na galeria, várias fotos minhas
completamente nua, fazendo pose como uma completa idiota, senti vontade de vomitar mas não parecia só da ressaca, era vergonha alheia.
— Não, não, não, meu