Ana
Acordei com uma sensação estranha, quente demais pra ser só o cobertor.
Abri os olhos devagar e, por um segundo, achei que ainda estava sonhando.
A cabeça de Lex estava colada na minha, o braço dele atravessava meu travesseiro e o corpo dele — santo Deus — estava encostado demais no meu.
Fiquei paralisada.
Minha perna estava presa entre as dele, meu braço enfiado de um jeito tão torto que eu nem sabia como tinha parado ali.
Se eu respirasse mais forte, o peito dele subia junto.
— Ótimo, Ana — pensei. — Parabéns. Acordou abraçada no homem que você tá tentando manter distância.
Tentei me soltar com cuidado, puxando o braço bem devagar…
Erro.
Ele se mexeu no mesmo instante, ainda dormindo, e me puxou mais pra perto.
Meu coração quase saiu pela boca.
Agora sim eu estava oficialmente abraçada em Lex Cavalcante.
Fechei os olhos e prendi a respiração. Se eu fingisse que era uma estátua, talvez ele voltasse a dormir e esquecesse que eu existia.
Mas claro que não. O destino adora brincar c