Ana
A água ainda escorria pelo meu corpo quando saí da piscina. A noite estava silenciosa, só o som distante dos grilos e o vento frio batendo na pele molhada. O contraste do calor que eu sentia por dentro e o frio lá fora era quase cruel.
Lex estava ao meu lado, também encharcado, a camisa colada no corpo, revelando cada músculo. Ele passou a mão pelos cabelos molhados e me olhou daquele jeito que fazia meu coração disparar — como se já soubesse de cada pensamento indecente que eu tentava esconder.
— Vai ficar me encarando desse jeito? — ele provocou, a voz grave, rouca, arrastada pelo desejo.
Eu queria responder algo sagaz, mas minha boca só conseguiu abrir e fechar, como se estivesse sem ar. Ele riu baixo, um som perigoso, e caminhou até mim. Cada passo era lento, calculado, como se quisesse me dar tempo de fugir. Mas fugir estava fora de questão.
A mão dele tocou meu braço, deslizando devagar até a minha cintura. Minha pele arrepiou inteira, e eu juro que quase gemi só com isso.
—