Ana
Demorou um pouco até que os policiais convenceram Lex a entrar na ambulância e receber atendimento, mas depois de muitos pedidos ele cedeu.
Consegui ver de longe outras pessoas da festa serem hospitalizadas, algumas mulheres com vestidos extravagantes choravam e um grupo esperava a entrega de seus pertences e brigava com os policiais para não levar tudo como evidência.
Eu não me importava com nada, enquanto colocavam Lex em uma maca eles checavam a minha pressão, e o meu único pensamento era.
—Eu tô viva!
A sirene da ambulância ainda ecoava dentro da minha cabeça quando as portas do pronto-socorro se abriram. A claridade das várias luzes dos corredores do hospital me cegaram por um instante.
Médicos e enfermeiros se apressaram em nos receber, colocando Lex em uma maca e me guiando para outra. Eu não queria soltá-lo, mas não tive escolha.
A cortina do hospital se fechou entre nós, como se fosse uma barreira frágil que ainda assim me separava do único pedaço de segurança que eu