Ana
A primeira coisa que senti quando acordei foi o calor. Um calor, como se minha pele estivesse no sol, eu me sentia segura, mas já estava suada com tanto calor.
Pisquei os olhos lentamente e me dei conta: estava abraçada a Lex, deitada no peito dele, como se a cama do hospital fosse feita para caber nós dois — e, sinceramente, não era.
Meu corpo estava colado ao dele, o som do coração dele batendo de forma tranquila parecia uma música e eu sentia atrás de mim, para entender o quão perto estávamos. Mas logo percebi o incômodo. Lex se mexeu de leve, soltando um suspiro baixo que mais parecia um grunhido.
— Ai… meu ombro — murmurou, com uma careta de dor.
Levantei a cabeça de imediato, o rosto esquentando de vergonha. Eu estava esmagando ele, deitada logo em cima de um hematoma e não falou nada nem me acordou ou fez algo para me afastar.
— Desculpa! — sussurrei, me afastando rápido, como se tivesse cometido um crime. — Eu devo ter dormido em cima de você a noite toda.
Ele virou o ro