Ana
Acordei sentindo um calor estranho, tipo um cobertor vivo me abraçando.
Demorei uns segundos pra entender o que tava acontecendo, porque o cheiro era bom demais pra ser meu travesseiro.
Quando abri um olho… aí entendi.
Meu braço tava enrolado no peito do Lex.
E o dele, adivinha?
Na minha cintura.
Por um segundo, congelei.
Nem respirei.
O coração começou a bater tão alto que, se ele ainda estivesse dormindo, com certeza ia acordar só com o barulho.
Socorro. Socorro. Eu tô abraçada no chefe.
Fechei os olhos de novo e congelei o corpo inteiro, tipo aquelas pessoas que fingem de mortas pra não chamar atenção do urso.
A diferença é que o “urso” aqui tinha cheiro de sabonete caro e uma respiração que fazia cócegas no meu pescoço.
“Ok, Ana. Pensa. Devagar. Sai. Devagar.”
Comecei a me soltar milímetro por milímetro.
Primeiro tirei a mão do peito dele — ou pelo menos tentei, porque o braço dele tava meio pesado sobre mim.
Tive que fazer uma manobra digna de ninja, segurando a resp