Ana
Eu consegui disfarçar pelo resto do dia. Ou pelo menos… eu *achei* que consegui.
Depois daquilo que ouvi no banheiro do clube, minha cabeça virou uma panela de pressão esquecida no fogo. Mas eu me forcei a sorrir, fazer piada, montar no cavalo, conversar com Lex como se tudo estivesse normal. Como se meu peito não tivesse travado quando aquelas mulheres falaram “fatalidade” e “ele me dá medo até hoje”.
Odiava admitir, mas aquela conversa ficou rodando dentro da minha cabeça como música ruim que gruda e não sai nunca mais.
Mesmo assim, fiz o possível pra manter a pose.
Lex estava tão animado em passar o dia comigo que eu não queria estragar aquilo. Ele parecia… leve. Um homem diferente daquele que eu conheci no primeiro dia. Às vezes até esquecia que ele tinha aquela sombra atrás dos olhos que aparecia sem aviso.
Só que agora, depois do que ouvi, eu comecei a me perguntar se aquilo não era só cansaço ou saudade. E se era… outra coisa?
…
Quando o dia terminou, voltamos pra casa e Le