As batidas na porta foram firmes, mas controladas.
— Isabelle? Sophie? Está tudo bem? — A voz de Matteo, do outro lado, trazia uma urgência contida, como se ele estivesse lutando contra o impulso de arrombar a porta e tomar Isabelle nos braços.
Sophie trocou um olhar com Isabelle, que continuava encolhida no sofá da sala reservada, tremendo e chorando baixinho. A amiga se levantou, enxugou o rosto com as mãos e, com um suspiro profundo, destrancou a porta.
Matteo entrou imediatamente. Seus olhos escuros buscaram Isabelle com desespero. Ao vê-la naquele estado — rosto inchado, os olhos marejados, o corpo curvado como se estivesse se protegendo de algo invisível —, ele congelou por um segundo. A respiração ficou presa no peito, como se o mundo tivesse parado.
— Isa… — sussurrou, atravessando a sala em dois passos e se ajoelhando diante dela. — Meu amor, o que aconteceu?
Isabelle não conseguia responder. O simples som da voz dele fez com que novas lágrimas escorressem. Ela fechou os olho