Dominico estava sozinho no salão da antiga Villa na Sicília, cercado pelo silêncio da madrugada e pelas sombras de seus próprios fantasmas. A única luz vinha do laptop aberto sobre a mesa rústica de mogno. Nele, uma sequência de imagens da festa de noivado que tomara os jornais de toda a Europa.
Ele clicava uma a uma, parando em cada detalhe do rosto de Isabelle.
Ela estava deslumbrante. Vestida como uma deusa. Cabelos escuros impecavelmente penteados, os olhos azuis brilhando, o corpo levemente curvado em gestos elegantes enquanto cumprimentava os convidados, como a verdadeira anfitriã da noite.
Mas ele também via além.
Via a tensão nos dedos, o sorriso levemente hesitante em certos momentos. E então a imagem parou em uma sequência que arrancou-lhe o fôlego: Isabelle olhando para ele.
Aquela troca silenciosa, no instante em que os olhos dela encontraram os seus, havia feito o mundo inteiro desaparecer por segundos. E agora, diante da foto congelada, Dominico tocava a tela como se pud