A sala reservada ficava nos fundos do salão de eventos, protegida por portas duplas em madeira nobre, forrada com painéis de veludo, decorada com flores brancas e poltronas acolchoadas. Era um espaço discreto, criado para oferecer descanso ou privacidade aos anfitriões e seus convidados mais íntimos.
Isabelle estava deitada em um dos sofás, ainda com os olhos fechados. Duas funcionárias a rodeavam com expressão de preocupação. Uma delas passava delicadamente um pano molhado sobre seu rosto, enquanto a outra mantinha um copo d’água nas mãos, esperando que ela recobrasse completamente a consciência.
Seus cílios longos tremeram antes que os olhos se abrissem por completo. Azuis, marejados. O olhar perdido de quem estava longe, muito longe dali.
— Senhora Isabelle… está melhor? Quer que chamemos alguém da família?
Ela não respondeu. Apenas murmurou, com voz fraca:
— Sophie… chame minha amiga… Sophie Lambert… por favor…
A funcionária assentiu com presteza e saiu apressada da sala.
Isabelle