A fumaça dos charutos pairava no salão como névoa venenosa. Dominico Farella, o homem conhecido no submundo como El Príncipe, andava de um lado para o outro, com os olhos faiscando e os punhos cerrados. Seus ternos de alfaiataria impecável estavam manchados de sangue fresco.
Dois corpos jaziam no chão do salão — os capangas que falharam em proteger a mulher que ele tomara para si. Ele mesmo os executara com tiros frios no peito e um último na cabeça de cada um.
— Inúteis... — rosnou entre os dentes.
O estrondo dos disparos ainda ecoava pelas paredes da casa de pedra em que Dominico se refugiava. Um casarão à beira de um lago escondido nos Alpes italianos, guardado por homens armados até os dentes. Mas toda essa segurança de nada adiantara. Eles a levaram. Eles tiraram Isabelle dele.
A única mulher que o fizera perder o controle.
Ela havia sido resgatada.
E ele... traído por seus próprios homens.
Os membros do conselho da Máfia Italiana estavam presentes, sentados em uma longa mesa de