Dominico chegou em casa com Isabelle em seus braços. O rosto dela estava marcado por hematomas, os lábios partidos, e o corpo tremia de fraqueza, exaustão e trauma. Catherine, mesmo com seus sete anos, havia entendido que a mãe precisava descansar. Jean Carlo e Sophie acolheram as crianças enquanto Dominico subia com Isabelle nos braços pelas escadas da Villa na Sicília, como se carregasse um tesouro frágil e irrecuperável.
Sem dizer uma palavra, ele a levou direto para o quarto do casal e, de lá, ao banheiro amplo com paredes de mármore e luzes suaves. Abriu a torneira da banheira, deixando a água morna encher com vapor perfumado de lavanda. Isabelle ainda estava consciente, mas seu corpo parecia entregue à dor, e os olhos azuis — seus olhos tão vivos e expressivos — agora estavam enevoados.
Dominico a observava com o coração em pedaços. O sangue dela em suas roupas, o cheiro metálico ainda impregnado nas mãos dele. Tudo o que vira naquele galpão voltava à sua mente como um filme de