Cristal permaneceu ali, com o ombro encostado no dele, sentindo o calor do corpo de Christopher contrastar com o frio que parecia vir de dentro dela. As lágrimas continuavam a escorrer por suas bochechas, silenciosas, como se cada gota carregasse um pedaço da confusão que a dominava.
Ela virou o rosto lentamente, encarando o perfil dele à luz suave da noite, a voz saindo num sussurro quebrado:
— "E se realmente for seu?" — sua garganta apertava. — "O que a gente vai fazer, Christopher? O que vai acontecer com a gente… com tudo isso?"
Ele não respondeu de imediato. Piscou devagar, sentindo o peso da pergunta atravessar o peito. Era como se todas as possibilidades que ele tentou não pensar durante aquelas semanas agora estivessem ali, exigindo respostas que ele ainda não tinha.
Christopher passou a mão pelos cabelos, desviando o olhar por um segundo, antes de finalmente encará-la. E quando seus olhos se encontraram, havia ali uma mistura de medo e ternura, de incerteza e força.