capítulo 67

Diguinho caiu de joelhos.

Mas não ficou lá.

Cuspiu no chão, bufou igual touro ferido e, num movimento rasteiro, rápido e desesperado, puxou minha perna de novo.

Dessa vez, me pegou no contrapé.

Cai de costas, de novo, mas já rolando pra evitar a pressão.

Mesmo assim, o desgraçado veio com tudo, jogou o peso do corpo por cima e cravou o joelho no chão ao lado da minha cintura, tentando me travar.

— “Agora é tu que vai pedir arrego…” — ele cuspiu a frase perto do meu rosto, com o bafo de cerveja e derrota escorrendo pela boca.

A quebrada gritou, mas o grito mais alto foi o do Caio:

— “TIRA ESSE MERDA DE CIMA DELA, PORRA!”

A voz dele cortou o ar.

Não era só ciúme.

Era sangue fervendo, alma em guerra.

Caio era território.

E eu, naquele momento, era a fronteira invadida.

Mas eu não precisava de resgate.

Porque enquanto Diguinho tentava me prender, forçando o antebraço no meu pescoço, eu deixava.

Deixava ele se sentir por cima.

Porque a queda ia ser maior.

Girei o quadril. Enfiei a perna en
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