Diguinho caiu de joelhos.
Mas não ficou lá.
Cuspiu no chão, bufou igual touro ferido e, num movimento rasteiro, rápido e desesperado, puxou minha perna de novo.
Dessa vez, me pegou no contrapé.
Cai de costas, de novo, mas já rolando pra evitar a pressão.
Mesmo assim, o desgraçado veio com tudo, jogou o peso do corpo por cima e cravou o joelho no chão ao lado da minha cintura, tentando me travar.
— “Agora é tu que vai pedir arrego…” — ele cuspiu a frase perto do meu rosto, com o bafo de cerveja e derrota escorrendo pela boca.
A quebrada gritou, mas o grito mais alto foi o do Caio:
— “TIRA ESSE MERDA DE CIMA DELA, PORRA!”
A voz dele cortou o ar.
Não era só ciúme.
Era sangue fervendo, alma em guerra.
Caio era território.
E eu, naquele momento, era a fronteira invadida.
Mas eu não precisava de resgate.
Porque enquanto Diguinho tentava me prender, forçando o antebraço no meu pescoço, eu deixava.
Deixava ele se sentir por cima.
Porque a queda ia ser maior.
Girei o quadril. Enfiei a perna en