📍 NARRADO POR AZIZA
(continuação)
Eu ainda tava com o corpo quente.
Mas não era só da raiva.
Era do toque. Do gosto. Do peso daquele beijo que me arrancou do eixo.
Soltei um suspiro pesado e deixei a cabeça cair no peito dele, sentindo o coração bater acelerado — mais por mim do que pela dor.
Me ajeitei de lado, uma perna por cima da dele, o braço atravessando sua barriga machucada.
Ele soltou um gemido abafado.
— “Ai, caralho…”
— “Bem feito.” — murmurei, mas sem força. — “Tua sorte é que eu ainda te amo.”
— “Não é sorte.” — ele respondeu, voz baixa, rouca. — “É milagre.”
Ri contra o peito dele. Só um pouquinho.
Fechei os olhos por um segundo, deixando a respiração sincronizar com a dele.
Depois levantei a cabeça e o encarei, o dedo riscando de leve a linha da cicatriz que ele tinha do lado do queixo.
— “Agora fala sério.” — comecei, firme. — “Tu vai parar de implicar com a Alana?”
Ele virou o rosto devagar, arqueando uma sobrancelha.
— “Tu ainda tá ne