capítulo 68

A fumaça ainda dançava no ar.

A quebrada tava em êxtase, o chão vibrando de grito e passo, mas eu…

eu só enxergava ele.

Caio.

Muralha.

Meu homem.

A boca dele ainda colada na minha, a mão espalmada na minha bunda como se fosse território tomado.

E eu deixava.

Porque era nosso.

Porque ele me olhava como se tivesse acabado de ver o sol nascer depois de semanas de guerra.

E, de certo modo, era isso mesmo.

Aí… veio ela.

Aziza.

Sempre com aquele olhar de quem enxerga além.

Braço cruzado, sobrancelha arqueada, e um deboche elegante pendurado na boca.

— “Agora que o show acabou…” — ela falou alto, pra todo mundo ouvir — “que tal resolvermos sobre o Julião?”

O nome caiu no chão do galpão feito estalo de corrente.

Caio virou o rosto devagar, ainda com a mão cravada em mim, mas o olhar agora era outro.

Sério. Focado. Calculando.

Eu desci do colo dele com um pulo leve, firme no chão, respiração já voltando pro compasso de mulher que não só bate — mas decide.

A quebrada ainda urrava ao fundo, mas
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