A fumaça ainda dançava no ar.
A quebrada tava em êxtase, o chão vibrando de grito e passo, mas eu…
eu só enxergava ele.
Caio.
Muralha.
Meu homem.
A boca dele ainda colada na minha, a mão espalmada na minha bunda como se fosse território tomado.
E eu deixava.
Porque era nosso.
Porque ele me olhava como se tivesse acabado de ver o sol nascer depois de semanas de guerra.
E, de certo modo, era isso mesmo.
Aí… veio ela.
Aziza.
Sempre com aquele olhar de quem enxerga além.
Braço cruzado, sobrancelha arqueada, e um deboche elegante pendurado na boca.
— “Agora que o show acabou…” — ela falou alto, pra todo mundo ouvir — “que tal resolvermos sobre o Julião?”
O nome caiu no chão do galpão feito estalo de corrente.
Caio virou o rosto devagar, ainda com a mão cravada em mim, mas o olhar agora era outro.
Sério. Focado. Calculando.
Eu desci do colo dele com um pulo leve, firme no chão, respiração já voltando pro compasso de mulher que não só bate — mas decide.
A quebrada ainda urrava ao fundo, mas