O Impacto Brutal na Escuridão da Chuva
ISABELA
Rita dirigia há o que pareceram séculos, a escuridão da noite lá fora apenas quebrada pelos faróis que rasgavam a chuva. O som da música eletrônica no volume máximo vibrava em meus ouvidos, martelando minha cabeça já dolorida e entorpecida. Meu corpo, pesado e entorpecido pelo calmante, estava grudado no banco de couro do carro de Rafael, mas minha mente, apesar de turva, lutava com unhas e dentes para se manter consciente. A cada curva cega, a cada solavanco violento na estrada molhada, eu temia o desconhecido, o destino sádico que Rita havia planejado para mim. Ela não falava para onde ia me levar, apenas dirigia com uma fúria contida, seus olhos fixos na estrada como se quisesse queimá-la com o olhar.
De repente, um lampejo de luz azul e vermelha rasgou a escuridão ao nosso lado. Um carro surgiu, e pela janela embaçada pela chuva, percebi as formas inconfundíveis de uma viatura de polícia. Um fio de esperança, tão tênue quanto um fi