Na manhã seguinte, fui acordada com um beijo suave nos lábios. — Acorda, querida — Rafael falou enquanto eu lutava com a claridade que invadia o quarto pela janela.
— Que horas são? — perguntei sem abrir os olhos, ainda imersa no sono.
— Ainda muito cedo, são 6 horas — ele respondeu, me puxando pela cintura para mais perto.
— Volte a dormir — eu falei, enquanto me levantava, sentindo a necessidade urgente de ir ao banheiro. Caminhei até lá, e quando voltei para a cama, já tinha perdido o sono. Tratei de colocar um moletom e caminhei para fora do quarto, sem acordar Rafael.
Foi então que escutei a porta da frente se abrindo. Era Camile chegando, a essa hora da manhã. Ela caminhou com passos lentos para a escada, e foi ali, na penumbra do hall, com os braços cruzados, que eu decidi falar. — Bom dia, Camile? — falei, mas rapidamente me arrependi, lembrando-me da forma como ela passou por mim e Emma na noite anterior.
— Hum, é você! — Ela mordeu a bochecha, um sinal claro de desconforto.