Uma semana tinha passado desde o confronto com Gisele.
Uma semana em que o mundo parecia finalmente respirar do jeito certo.
Mariana acordava com Gabriel ao lado.
Guilherme corria pela casa com mais leveza do que nunca.
E, pela primeira vez, eles falavam do futuro sem medo — apenas com cuidado.
Foi Gabriel quem sugeriu:
— Vamos procurar uma casa. Uma que seja nossa… dos três.
Mariana, pela primeira vez em anos, disse sim sem hesitar.
E assim começou uma maratona de visitas no fim de semana seguinte.
A primeira casa era moderna, envidraçada, perfeita demais — com um jardim tão simétrico que parecia proibido correr ali.
Guilherme tentou abraçar uma árvore fina que quase entortou.
Mariana achou a cozinha impessoal.
Gabriel admitiu:
— Aqui… não tem cheiro de casa.
Eles foram embora rápido.
A segunda era antiga, com madeira bonita e janelas enormes — mas bastou Guilherme entrar correndo para uma porta quase cair.
— É bonita — Mariana disse.
— É perigosa. — Gabriel rebateu, rindo.
E seguira