Mariana foi jogada brutalmente no banco de trás do carro. As portas se fecharam com um baque seco, e o motor rugiu enquanto o carro acelerava pela noite escura. O cheiro forte de perfume barato e couro velho a sufocava. Tentou se mexer, mas seus músculos estavam entorpecidos e a sonolência tomava conta dela.
— Me soltem... — murmurou, a voz fraca e hesitante.
Um dos homens soltou uma risada zombeteira.
— Calma, gatinha. Isso é só o começo.
O cheiro enjoativo fazia seu estômago revirar. Foi então que a voz fria e calculista de seu pai cortou o silêncio, como um veneno escorrendo pelos ouvidos de Mariana.
— Isso é por sua culpa.
A mente dela girou. A realidade foi lentamente se encaixando, como peças de um quebra-cabeça cruel. Ele não estava ali para salvá-la. Ele fazia parte disso.
— Por quê? — sussurrou Mariana, tentando se manter consciente, embora sua voz fosse quase um lamento.
O pai a olhou com desprezo, os olhos duros como pedra.
— Porque você só deu trabalho desde o iníc