O tom irônico dele foi cirúrgico. Giulietta tentou disfarçar um sorriso, mas falhou miseravelmente.
“ Ele... o quê?”
PAOLO: Disse com todas as letras. Que ninguém podia atrapalhar. E, ah... deixou bem claro que, se eu interferir, vai me mandar de volta para Tailândia.
A expressão dela foi impagável. Isabella arqueou uma sobrancelha lentamente, aquele gesto elegante e perigoso que sempre anunciava tempestade. O olhar dela cruzou com o meu quando saí do escritório, e por um segundo, o ar pareceu rarefeito.
“ É mesmo? Privacidade para resolver as coisas comigo?”
O sorriso que ela deu tinha veneno e ironia em doses precisas.
“Exatamente. Nós precisamos conversar… sem plateia.”
Subi as escadas com passos longos, tentando não pensar no absurdo que tinha acabado de fazer. Expulsar todo mundo da casa. Mas eu precisava de silêncio, precisava resolver tudo com Isabella… e ela, como sempre, tinha o dom de me tirar do eixo.
Atrás de mim, ouvi o som firme dos saltos dela batendo co