Eduardo não dormiu naquela noite.
Estava sentado na poltrona de couro do escritório, camisa social semiaberta, o laço da gravata solto, o copo de uísque intacto sobre a mesa.
Seus olhos fixos no nada. Ou melhor, no tudo que aquela mulher mascarada despertara.
Era ela… murmurou pela décima vez, como se a repetição fosse capaz de transformar a suspeita em certeza.
A mente repassava cada detalhe.
O perfume floral suave. O toque leve da mão pequena. O calor delicado da cintura sob seus dedos.
E principalmente…
Aqueles olhos.
Verde-esmeralda, intensos, profundos, impossíveis de esquecer.
Olhos que ele já vira quando ignorava o mundo ao redor… e a mulher que dizia ser sua.
Elisa.
Não podia ser coincidência.
A mulher que dançara com ele no baile… era ela.
Só podia ser.
Mas por que fugira sem dizer nada?
Por que se escondia?
Por que não o enfrentava?
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Na manhã seguinte, Eduardo acordou mais cedo do que o habitual.
Cancelou reuniões. Ignorou ligações.
E mandou men