O detetive particular, Sr. Henrique Vasconcelos, entrou no escritório de Eduardo com um semblante sóbrio e um envelope grosso nas mãos.
Tenho novidades, senhor Castro.
Eduardo ergueu os olhos cansados da tela do notebook e fez um gesto para que ele se sentasse.
Encontrou ela?
Creio que sim. Não há registros em aeroportos com o nome “Elisa Santos”, nem com os pseudônimos anteriores. Mas a Dra. Elisa Santos foi registrada como neurocirurgiã há quatro meses no hospital Rio Vida. E as datas… coincidem com a volta da violinista Clara Vianna ao anonimato.
Eduardo ficou em silêncio por alguns segundos.
O nome “Dra. Elisa Santos” martelou em sua cabeça como uma música antiga que ele havia esquecido.
Ela voltou mesmo…
Sim, senhor. E mais: será palestrante principal de um congresso internacional de neurologia em Londres. A notícia saiu em revistas científicas ontem.
Eduardo pegou o envelope, leu o artigo impresso, e ali estava: a foto de Elisa em um jaleco branco, cabelos pre