Elisa passou parte da manhã no closet de Eduardo. O espaço era enorme, mais parecido com uma boutique masculina do que com um armário comum. Camisas de grife, ternos sob medida, sapatos italianos perfeitamente alinhados... mas também um certo descuido. Cabides misturados, gravatas emboladas, sapatos trocados de lugar. Nada grave, mas Elisa conhecia o tipo de homem que Eduardo era. Detalhista, metódico, discreto. E por trás da frieza, ela suspeitava que havia algo ali que precisava de ordem, mesmo que ele nunca dissesse. Separou as camisas por cor, os ternos por ocasião, limpou os cabides, reorganizou as gravatas por tonalidade. Dobrou meias, alinhou cintos. Colocou etiquetas discretas nas prateleiras e arrumou os perfumes favoritos dele na sequência de uso. Três horas depois, o closet parecia outro. Limpo, funcional, elegante. Como ela imaginava que Eduardo gostaria. Ficou ali parada por alguns instantes, observando o resultado com um pequeno sorriso nos lábios. Um gesto pequ
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