A noite estava silenciosa no resort. O mar sussurrava lá fora, e o céu, coberto de estrelas, parecia guardar um segredo antigo. Os gêmeos dormiam tranquilos no bercinho, embalados pelo cansaço de um dia cheio de descobertas. Elisa observou por um instante os filhos, beijou cada um na testa e depois fechou a porta devagar, deixando a babá eletrônica ligada.
Ao virar-se, encontrou Eduardo encostado na varanda, com uma taça de vinho na mão e os olhos fixos nela. Havia uma intensidade em seu olhar que a fez prender a respiração. Não era o Eduardo CEO, frio e arrogante; tampouco o homem quebrado pelos erros. Era apenas ele ... despido das máscaras, vulnerável, inteiro.
Eles estão em paz ... Elisa disse, a voz baixa. Finalmente.
Eduardo pousou a taça na mesa e se aproximou devagar, como se cada passo fosse uma confissão. E nós? Quando teremos paz?
Ela arqueou as sobrancelhas, surpresa. Você acha que não temos?
Ele parou diante dela, tão perto que podia sentir o perfume suave de seu