O som dos saltos de Helena ecoava pelos corredores da empresa como um alerta. Cada passo firme carregava a força de quem renasceu das cinzas. E não era apenas sobre sua aparência — que, agora, exalava autoconfiança, elegância e poder —, mas sobre sua aura. Uma mulher que todos julgavam destruída, humilhada e derrotada agora surgia mais forte do que qualquer um poderia imaginar.
Funcionários desviavam o olhar. Uns cochichavam. Outros encaravam, confusos. Não era a mesma Helena que, há algumas semanas, se escondia atrás de roupas discretas, de sorrisos forçados e de uma postura submissa.
Ela não se escondia mais. Não pedia mais desculpas por existir.
Ao adentrar a sala de reuniões, todos os olhares se voltaram para ela. Inclusive o dele. Gabriel estava ali. Ao lado dele, como sempre, estava Isadora — rindo, espalhando sua arrogância como se fosse dona do mundo.
O sorriso de Isadora morreu no instante em que viu Helena atravessar aquela porta. E Gabriel... ah, Gabriel arregalou os olhos.