53. RECOMEÇOS E REVELAÇÕES
Antes de qualquer comemoração, antes mesmo de permitir que a esperança tomasse conta de seu peito, Deise sentiu a necessidade urgente de ver Maria. Ela precisava confirmar com seus próprios olhos que a amiga estava bem. Que, apesar de tudo, ainda respirava. A nova casa com Miguel poderia esperar.
Ao chegar ao hospital, seu coração disparou ao ver um policial armado parado ao lado da porta do quarto. O semblante dele era sério, mas não parecia alarmado. Ainda assim, algo dentro dela se contraiu. O instinto de proteção despertou ferozmente.
Ela se aproximou com passos contidos, e sem pedir permissão, empurrou a porta devagar.
Maria estava deitada, pálida, mas viva. Um leve sorriso surgiu em seus lábios machucados quando viu Deise entrar.
— Olá, Maria... — disse Deise, forçando um sorriso. — Como você está se sentindo?
A amiga tentou se ajeitar na cama, mas soltou um pequeno gemido de dor.
— Estou melhorando aos poucos, amiga... mas vou ficar bem. — sua voz saiu rouca, mas carregada de c