36. QUEM É THAYS FIGUEREDO?
Na manhã seguinte, Deise acordou com a mente acelerada, o coração inquieto. Tentou diversas vezes falar com o Dr. Telles, mas todas as chamadas foram encaminhadas para a caixa postal. A ausência de respostas, em um momento tão delicado, só aumentava sua angústia. Ela precisava de orientação, precisava entender as motivações por trás das palavras enigmáticas de Lucas. Mas Telles estava... inacessível.
O dia passou num ritmo estranho, como se o tempo a zombasse, correndo quando ela mais precisava que andasse devagar. E foi só quando ouviu o som do carro estacionando em frente à casa que percebeu: Lucas havia retornado.
Ela sentiu a espinha arrepiar, como se a casa tivesse mudado de temperatura. Sentou-se no sofá da sala, tensa, atenta a cada passo que ele dava até a porta.
Ele entrou como sempre: confiante, sorrindo como quem se diverte com o próprio teatro.
— Olá, querida. Estava me esperando? — ele disse com um tom debochado, erguendo uma pequena caixa dourada. — Trouxe algo para você